domingo, dezembro 07, 2008

quinta-feira, junho 12, 2008

I (Imagem retirada da Web)




Santo António

Nesta noite de Santo António
A todos o coração vai saltar
Dizem que o santo é homem
Que faz todos namorar

Sem brejeirice, é certo
O futuro pode mudar
Ora, está nas mãos do Santo
O fado contrariar

Mas, em hora de folia
Será que há tempo de pensar?
Vamos entrar na roda,
Toca a rodopiar.

De cantiga em cantiga
António, o Santo,
Da farra vai gostar
Anda, vem daí saltar

Esquece por momentos
O “Euro”, de bolas a rodopiar.
Salta, salta, p’ró Santo
Aproveita o que tem para te dar

Como é certo e sabido
Se está mesmo a adivinhar
Que estas quadras servem
Para uma boa noite desejar.


Bom Santo António!

Maricelper
12-06-2008

terça-feira, maio 27, 2008




Árvores


Elas, as árvores,
fazem parte de nós.
São a sombra,
o pulmão,
o pão
a vida.

As árvores,
são o banco,
descanso
do corpo
cansado,
o psicólogo
o médico
a alma

As árvores são
murmúrio profundo
do vento que passa
São leito,
palco de coitos,
fervorosos...
cantigas chilreantes
de vida

árvores são
casas
paus d'amparo
cajados de velhos
muletas amputas
o presente
o ausente
o horizonte

As árvores
são cor
brilhos
dor
berço
que conduz
pela eternidade.

Maricelper, 27 de Maio, 2008

sábado, maio 24, 2008




Mulher
Âmago, corpo,
Seio de alimento,
Seiva pura de vida
Fermento

Mulher
Tu, de peito rasgado
Pela luta de alvitrada dor
Que consome, por vezes,
a alma.
Corroendo partes de ti
Te esvazia o ventre
Te criva no coração
Lanças desorientadas
De esperança.

Tu,
cada vez mais mulher,
cada vez mais poderosa
Explodes. Sôfrega de paz
Por momentos, o mundo cai.
A teus pés, tudo parece ruir.

Acordas no intimo
Aquela força regeneradora,
Capacidade perpétua
De reconstruir
guerra sem tréguas
Lutas Metamorfósicas
Metastases enlutadas

Mulher
Corpos que se agitam
Luzes que se acendem
De novo
Pelo poder da tua força
Pela génese do teu ser.

Tu és, e serás
Sempre,
Eternamente
Mulher!
Maricelper, 24 de Maio, 2008

domingo, fevereiro 17, 2008

Memórias...
São Bartolomeu de Cavês. Guerrilhas rurais.

COMO ELLA O AMAVA Aos 24 de agosto na povoacáo chamada Cavez ruja ponte sobre o Tamega extrema pelo norte a duas provincias do Minbo e Traz os Morites celebrase a lesta de S Bartholomeu santo gra emente infesto a Satauaz Vem aqui de muitas legoas em vol ta dezenas de crcaturas obsessas É para notar que raro homem allí va incubado de demonio As mulheres é que por cima de muitas outras penas soffrem o dissabor de serení visitadas pelos espiritos infernaos caso único a meu ver ein que os sobreditos espiritos se mostram espirituosos Й de saber que o démo loin caprichos sujos en islo como Pin muitas outras coisas parece homem com resalva do leitor A legifio d elles que se eutra nhou na vara de cochinos era indecente S Jero nymo na vida do beato Ililariíio conta d um formi davel demonio que se alojou u uní camelo o qual levado
"fosse a sala de baile havia do ser urn pandemonium E quern sabe se C O regirar vertiginoso dos bailados nao parece coisa macabra doidice satánica vórtice em que as almas váo rcmoinliando até caírem ñas fauces do dragäo Eminentes sabios e santos estím commigo Oic Amos o congregado Bernardes Que o que baila e danca tem parte de louco e furioso basta vol o de fora para confessal o Aquellos mesmos movimentos do corpo too varios lao ligeiros tào violentos tüo affectados oslao indicando que o siso está movido algum tanto do seu assento R ajunla Bcm certificados podamos ficar de que os bailes danças e saraos costumam razor coinsigo muitos peccados A nao ser assim nem os demonios insis tiram tanto em os persuadir S Valeriano na Homilía 6 a De otiosis verbis diz que as danças sào laços do demonio que ajudain a ciar in
"estadulhos с estive a morte Aqui tcm o sr morgado o que cu tenho coin eilt1 É esta que eslá a cnntar A moca vale a pena Guapa rapariga Tens razäo Lobo Ja corrcu o primciro prega o dos baiihos É a mdhor lavradeira do povo e de cara nin gucm no concelho llie deila agua as miios Casas com ella Entäo será bora que te poupes Lobo Nada de morrer Que lern 1й isso Se morrer ja nao preciso ra sar Morra o liomcm e fique fama A este tempo cantava a Isabelinha do Itegueugo Quem quizer cantar commigo ha île ter no pello am jres am am as aves cantando entre arvoredoí e flores Eo competidor respondía Entre arvoredos e flores ja te eu vi linda pombinha kixei le ir sein te dar oí o que vraf fouira e nemja rninha O Lobo de Cerva ouviu esta copla e franziu a so brancelfaa envergando os olhos ao cantor depois foi á

retirado de:
Archivo pittoresco semanario illustrado Por Castro Irmão
Archivo pittoresco semanario illustrado Por Castro Irmão: "


Desenho de Nogueira da Silva Gravura de Coelho







Chorosos versos meus desentoados,

Sem arte, sem beleza e sem brandura,

Urdidos pela mão da Desventura,

Pela baça Tristeza envenenados:



Vede a luz, não busqueis, desesperados,

No mudo esquecimento a sepultura;

Se os ditosos vos lerem sem ternura,

Ler-vos-ão com ternura os desgraçados:



Não vos inspire, ó versos, cobardia

Da sátira mordaz o furor louco,

Da maldizente voz e tirania:



Desculpa tendes, se valeis tão pouco,

Que não pode cantar com melodia

Um peito de gemer cansado e rouco.



Bocage