terça-feira, dezembro 09, 2003

Janela

foto de fotoandarilho em 09-12-2003

Janela com vidros pintados?
Será casa? Será Jardim?
ou apenas disfarce de vidas
Enfim!

Não, Não me parece...
Acho que o dono é...
Artista? Talvez!

Mas, olhando com mais,
com mais atenção
parece que o dono
não passa dum folgazão!

Duas muletas de flores
grandes quadrados vermelhos
vestidos de vidros,
não de espelhos
Contam a história
duma não longínqua memória

já sei, o dono é, um contador!

Maricelper

Inspirado na foto
foto de maricelper em 22-12-2003


Natal...
Ouvem-se os sinos!
Assobia o vento
Cantam as águas

Brilham os olhos
Crianças, velhos
sentem o céu
agarram a alma

A cidade veste-se
de inúmeras lantejoulas
Cintila, afaga
na dureza do inverno
acende a acha
perpetua... a queimar

Das casas solta-se o cheiro
doce... de dourados matizes
qual canela de raízes
perfuma o espírito dos gestos

No chão um manto,
quase sempre branco,
acolhe o teu pisar.
É Natal..

Maricelper
2003

segunda-feira, novembro 17, 2003



Praia fluvial de Casas Novas, Ribeira de Pena, ontem, dia 16 de Novembro de 2003, às 14.

Clique aqui

quarta-feira, novembro 05, 2003

terça-feira, outubro 28, 2003

O mundo dos Blog's

Ouvi na rádio, hoje de manhã, que vai haver um encontro de Bloggers a partir das 15horas na Sociedade de Geografia, rua das portas de Santo Antão , em Lisboa. O tema é a Blogosfera e o seu futuro...
Fico a aguardar as conclusões já que o trabalho não me permite passar por lá.

quinta-feira, outubro 23, 2003

Escrita

Nada tenho (aqui) escrito por estes dias. Não pensem que abandonei a ideia...

sexta-feira, outubro 10, 2003

Fotos na Web
Hoje descobri o fotolog.net. Uma nova experiência. Conto com as vossas opiniões...

terça-feira, outubro 07, 2003

A PROPÓSITO DA MEMÓRIA

A memória não se resume apenas à 'memória física' de alguém que nos relata acontecimentos passados. Ela, como todos sabem, a memória também está fixada naquilo que o homem produz - os documentos. Estes podem ser produzidos em qualquer tipo de suporte. Isto é, desde os suportes mais duros (rochas) aos mais frágeis como os que vulgarmente hoje usamos. Podem ser de leitura mais ou menos fácil realizada directamente com os nossos olhos ou por meio de intermediários - as máquinas (computadores, microfilmes, vídeos, leitores de CDs, leitores de DVDs, projectores de filmes, etc.).
Com a evolução o homem produz enorme quantidade de informação, informação essa que tem de ser BEM gerida para dela se retirar o melhor proveito.
É aqui que entra o papel do arquivista, do bibliotecário ou do documentalista.

Hoje já não concebemos - nem tão pouco admitimos- a ideia de que um político, ou um juiz, ou um médico, um advogado, um professor um gestor, entre outros, estejam mal informados. Erros por falta de informação/memória são fatais.
A frase não é nossa mas vamos repeti-la aqui: "Quem domina a informação domina o poder!" Entendemos que ela descodifica a necessidade de bons e bem organizados arquivos, bibliotecas ou centros de documentação. Descodifica também a necessidade de uma transmissão contínua de informação logo, a necessidade de uma boa gestão dos documentos produzidos.

Congratulo-me com o facto de ver que Portugal está no bom caminho, caminhando lentamente, é certo. Parece que pelo seguro.
Está-se a trabalhar para a concretização de projectos antigos como o da constituição de uma rede nacional de arquivos. É um trabalho árduo, quase a partir do zero. Houve que sensibilizar autarcas, serviços públicos, etc. Só com um bom tratamento documental se pode promover uma boa e desejada transparência da administração pública evitando muitas vezes conflitos que aparecem por ‘desconhecimento’ ou, por vezes, por falta da tal informação.

É salutar ouvir o Sr. Presidente da Republica , Dr Jorge Sampaio, afirmar publicamente que vai deixar na Presidência da República TODA a documentação que produziu no desempenho das suas funções ou, ouvir o Sr. Presidente falar no empenho na construção do novo edifício para o arquivo e na construção do museu dos Presidentes da Republica Portuguesa. Só cimentando a memória se abre portas à produção trabalho cientifico ou se fixa o registo para os que vierem daqui a duzentos ou trezentos anos conheçam o seu passado. Tal como hoje fazemos leituras do passado há que ter a preocupação de deixar o fio continuador para o futuro.

É igualmente edificante ver que os arquivos se abrem à comunidade cientifica para que deles desfrutem em toda a plenitude, salvo os documentos cuja legislação classifica como incomunicáveis.

Gostaria de deixar uma referência ao ciclo de mesas-redondas que o Instituto dos Arquivos Nacionais /Torre do Tombo têm vindo a promover sob o tìtulo genérico de “Olhares Cruzados Entre Historiadores e Arquivistas”, tendo sido a última MESA-REDONDA SOBRE "OS ARQUIVOS MILITARES". Como a Instituição Militar é uma das mais antigas do País, as Forças Armadas participaram, influenciaram ou, no mínimo, assistiram a quase todos os grandes acontecimentos da História de Portugal. No entanto, será que os investigadores e a generalidade dos cidadãos sabem quais são e onde se encontram os seus arquivos?
Participaram nesta mesa-redonda António Ventura (Professor da Faculdade de Letras de Lisboa), Fernando Rosas (Professor da Universidade Nova de Lisboa), José Pedro Castanheira (Investigador e Jornalista), Aniceto Afonso (Director do Arquivo Histórico-Militar), Costa Gonçalves (Director do Arq. Histórico da Força Aérea) e Leiria Pinto (Director da Biblioteca e Arquivo Central da Marinha).

Está também a ter lugar (6 e 7 de Outubro 2003) no IAN/TT um Seminário: Património Arquivistico nos países da CPLP - experiências e estratégias
Conta com a participação de representantes dos Arquivos Nacionais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.

Ver em :http://www.iantt.pt/


As minhas imagens

Para ver as minhas imagens carregue, com o rato, em IMAGENS E POEMAS.

quinta-feira, setembro 25, 2003

QUESÕES DE SAÚDE

O serviço público de saúde foi sempre problemático, andou sempre aos tombos, nunca encontrou um caminho direito. Vá-se lá saber porquê...

Uma das acusações dirige-se para a divisão do País entre litoral e interior - um litoral demograficamente muito denso (rico?) e um interior de densidade demográfica muito baixa (pobre?). Outra razão é a constante falta de pessoal técnico (médicos e enfermeiros). Parece lógico... Mas não é! Ora vejamos:

O litoral - grandes cidades, grandes infra-estruturas - deveria oferecer serviços de elevada qualidade. Nem sempre isso acontece. Aqui as listas de espera são longas! A qualidade, bem, este factor fica ao critério que quem me lê. Não me atrevo a defini-lo.
Quando - no litoral- se tem acesso a um serviço de saúde ele é 'suado' após uma longa caminhada. Como exemplo posso apresentar uma situação que acontece diariamente numa zona da grande área metropolitana de Lisboa.
-Inscrever no serviço é fácil.

-Acesso ao Sr dr.... já não é assim! Então? Entra-se numa longa lista de
espera para arranjar um Sr. dr. de acompanhamento - vulgo médico de
famiíia... - Dizem: se for urgente tem um dr para essa situação, pontual, que
não faz consultas de continuidade.

-Caso tenha já sido atribuído um 'médico de família' o acesso o consulta -
dizem: é imediato - mas, o objectivo da desejada consulta será também muito transpirado.
Se precisar marcar... por telefone é um risco - raramente encontra vaga.

Caso se dirija ao posto, para fazer a marcação pessoalmente, há que ir bem
cedinho pela fresquinha (mais ou menos 6h da madrugada), - levar banco e
agasalho e esperar a hora de abertura do centro....
Rezar, sim rezar para que tudo corra bem e ao chegar ao local a fila não vá longa de modo que não esteja completa a lista
do dia....
Ouvem-se comentários surrealistas com uma alegria que salta dos olhos 'fui o primeiro....' 'Ufa, estava a ver que já não apanhava vez...'

-Marcada a consulta, cerca das 8 horas da manhã, há que verificar o número
e esperar pacientemente pelo dr, que nunca chega a hora, são raros os
britanistas. Arrisca-se a sair do centro de saúde com uma doença nervosa e
muito «stresse». Há que programar muito bem esse dia e fazer outras coisas
enquanto se espera, para que não seja tudo perdido. Aproveite o intervalo
para fazer umas comprinhas, dar uma volta pelas montras ou ir descansar
num café próximo. Tudo com muita calma...

No interior, reconheço a coisa e muito mais complicada - é que aliado à divisão (fictícia) interior/litoral, parece haver cidadão de primeira e de segunda. Aí, raramente existe uma razoável prestação do serviço público de saúde in situ. Pode até existir edifício e meios tecnológicos, mas, por este ou aquele motivo, o serviço não cumpre o fim para que deveria estar vocacionado. As entidades locais têm se esforçado para combater ou minimizar as deficiências, o esforço tem-se mostrado pouco frutífero. A situação vivida por estas populações é mesmo de heróica precistência. Quando tem doenças de urgência ou até mesmo doenças crónicas (caso os hemofilicos) aguentam longos quilómetros para aceder ao necessário serviço público de saúde. Chegam a estar fora da sua área de residência 12 horas ou mais! Veja-se o que está a passar com doentes de Portalegre, três vezes por semana têm que arranjar coragem, paciência e muita calma para fazerem os tratamentos - longe, muito longe. Aguentam um sem número de gastos em transportes, em horas, em fadiga física, psicológica e em qualidade de vida...

Porquê?? Porquê??Saúde



Ainda há muito para dizer. Hoje fico por aqui.

N.B.: consultem a imagem do estado da saúde em Portugal


sexta-feira, setembro 19, 2003

Portugal continua a arder!!

Como e possível em pleno século XXI viver uma situação de calamidade deste tipo. Como?
Afinal que saber recolhem os técnicos da floresta.... Hoje tudo sao especialidades. Tudo, tem o seu conhecimento específico de protecção, de renovacao, de vida. Onde estavam esses senhores do conhecimento????

Ontem, o homem no seu empirismo dominava todo o ciclo de vida da floresta. Hoje, vive praticamente de costas voltadas.... melhor só a usa para satisfazer o seu egoísmo quer seja comercial ou de lazer pessoal. Corta-lhe o alimento, retira toda a seiva do seu ventre e arranca os filhos dos seus braços. Depois abandona-a.

A floresta chora.... Despe as suas roupas de festa, verdes, amarelas douradas ou de milhares de outros matizes. Cobre-se dum manto negro. Veste de luto!

Uns relatam o facto como um jogo de futebol, outros no confortavel sofa comentam, poucos sao os que realmente fazem algo. Tenho de ser justa e recordar uns: Os bombeiros que, nada tendo a ver com isto, se mandam para a frente de batalha com a argucia dum forcado frente a sua fera.

A floresta triste castiga.... retira-nos o ar...

Nao magoem a floresta!! Chegou a hora de parar.
Soube por um amigo da existência deste espaço, fiquei curiosa. Resolvi experimentar.

Isto ainda é muito novo para mim... Vamos ver como me vou sair.